O Laboratório da Paisagem, em Creixomil, recebeu esta terça-feira, 17 de abril, mais uma reunião do Comité Externo de Aconselhamento da candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020.
O encontro serviu para analisar os projetos estratégicos em curso e em implementação previstos na candidatura a CVE 2020, trabalhar o Plano de Ação 2018-2021 e preparar uma estratégia de futuro no âmbito de um concelho ambientalmente sustentável.
Após as intervenções dos diversos vereadores sobre o trabalho que tem vindo a ser feito pelo executivo vimaranense nas diferentes áreas, sob a égide do desenvolvimento sustentável, na reunião do órgão que é presidido por Mohan Munasinghe, uma das principais figuras do mundo em matérias ambientais e Prémio Nobel da Paz em 2007, juntamente com Al Gore, coube ao Presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança, dar a conhecer as mudanças sentidas no Concelho de Guimarães e as diretrizes do caminho que, independentemente do resultado final, Guimarães vai trilhar.
Domingos Bragança começou por dizer que a candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020 foi surpreendente na envolvência dos Vimaranenses, deixando clara a aposta que tem sido feita no desenvolvimento de uma forte consciência ecológica coletiva através da cultura, da educação ambiental e da cidadania participativa. “Cada um de nós tem responsabilidades no caminho da sustentabilidade, mas também terá a sua quota parte no sucesso do mesmo”, disse. Já em relação ao exemplo que é dado com as mudanças de atitude registadas nas diversas estruturas do Município de Guimarães, bem como nas políticas que estão a ser seguidas, o Presidente da Câmara referiu: “com a nossa candidatura, aumentou a responsabilidade das instituições, a começar pelas públicas”. O Edil destacou um sinal importante acerca dos resultados da mudança que está a ser operada: “Hoje, quando algo está mal em termos da preservação ambiental, são os Vimaranenses os primeiros a denunciá-lo, o que é esclarecedor da nova consciência ambiental que se está a desenvolver nos nossos concidadãos”.
Outra das ideias fortes das palavras de Domingos Bragança foi a questão social, deixando claro que só com as condições mínimas exigidas para uma vida digna dos cidadãos é que é possível partir para outros patamares, como é o caso da cidadania participativa e da consciência ambiental, e para um “saber viver em comunidade”. Tolerância, diálogo, solidariedade, convivência e sabedoria foram conceitos que Domingos Bragança usou para ilustrar a comunidade que Guimarães quer construir, o que deve ser feito através da cooperação entre todos. O papel da Universidade do Minho foi também relevado como fundamental para o crescimento da comunidade em termos de conhecimento.
No final da reunião, e depois de ouvidos o Reitor e ex-Reitor da UM, bem como os responsáveis de cada uma das Escolas presentes, Mohan Munasinghe não teve dúvidas em afirmar que, hoje, Guimarães está no centro da agenda global do desenvolvimento sustentável.