O Laboratório da Paisagem volta a promover o concurso “Árvore do Ano de Guimarães”. Com esta votação, para além de assinalar o Dia Mundial da Árvore (21 de março), pretende-se alertar para a importância da preservação das árvores autóctones.
Este ano a competição promete celebrar a diversidade arbórea de Guimarães de uma forma mais abrangente, uma vez que a votação estão 10 espécies autóctones, são elas o medronheiro, vidoeiro-branco, azevinho, castanheiro, carvalho-alvarinho, sobreiro, pilriteiro, freixo, loureiro e oliveira. A votação estará aberta até 20 de março, sendo conhecidos os resultados no dia seguinte, Dia Mundial da Árvore.
Escolha a sua espécie preferida aqui.
1- Medronheiro
Nome científico: Arbutus unedo L.
Tipo de folhagem: Perene
Distribuição: É nativo do Mediterrâneo e ocorre em partes da Europa Ocidental.
Descrição: O medronheiro (Arbutus unedo) é uma árvore de folha perene nativa da região do Mediterrâneo. Possui uma beleza única, com sua casca avermelhada e brilhante contrastando com suas folhas verde-escuras e flores brancas ou rosadas que aparecem no outono. As características mais marcantes desta árvore são os seus frutos, conhecidos como medronhos, que amadurecem no outono, possuindo uma cor vermelha brilhante e um sabor agridoce peculiar. O medronheiro é valorizado tanto pela sua beleza ornamental como pelos seus frutos comestíveis, que são frequentemente utilizados na produção de licores, compotas e geleias. É uma espécie resistente, adaptável a uma variedade de condições climáticas e é comumente encontrada em encostas rochosas, bosques e áreas costeiras.
2- Vidoeiro-branco
Nome científico: Betula pendula L.
Tipo de folhagem: Caduca
Distribuição: É amplamente distribuído em toda a Europa, Ásia Menor e partes da Rússia.
Descrição: O vidoeiro-branco (Betula pendula) é uma árvore elegante e distintiva encontrada em toda a Europa e partes da Ásia. Reconhecido pela sua casca branca e lisa, que se destaca especialmente no inverno, o vidoeiro-branco oferece uma visão impressionante em qualquer paisagem. Esta árvore é apreciada não apenas pela sua beleza, mas também pela sua utilidade, uma vez que, a sua madeira é valorizada na indústria de moveis e na produção de instrumentos musicais. Além disso, as suas sementes são uma fonte vital de alimento para aves e outros animais selvagens. O vidoeiro-branco é uma espécie resiliente e adaptável, capaz de prosperar em uma variedade de condições climáticas e de solo, tornando-se uma presença bem-vinda em parques, jardins e florestas de toda a sua área de distribuição.
3- Castanheiro
Nome científico: Castanea sativa L.
Tipo de folhagem: Caduca
Distribuição: É nativo das regiões montanhosas da Europa e da Ásia Menor, especialmente associada às áreas mediterrânicas.
Descrição: O castanheiro (Castanea sativa) é uma árvore majestosa que pode atingir alturas consideráveis, geralmente entre 20 a 30 metros. As suas folhas são caducas e têm uma forma característica de lança, com bordas serrilhadas. Durante a primavera e o verão, as suas copas densas e frondosas oferecem uma sombra refrescante e um habitat para diversas espécies de aves e insetos. No outono, o castanheiro destaca-se pela produção de ouriços espinhosos, que contêm as valiosas castanhas, um alimento tradicionalmente apreciado em várias partes do mundo. A sua madeira é densa e resistente, sendo valorizada na indústria dos moveis e na construção civil. O castanheiro, símbolo de resistência e abundância, é uma presença marcante em muitas paisagens rurais e florestais.
4- Pilriteiro
Nome científico: Crataegus monogyna Jacq.
Tipo de folhagem: Caduca
Distribuição: Ocorre em quase toda a Europa, noroeste de África e Ásia ocidental. Ocupa quase todo o território de Portugal continental.
Descrição: O pilriteiro (Crataegus monogyna) é uma árvore pequena de folha caduca que cresce em climas temperados. As suas folhas são verde-escuras e profundamente lobadas, contrastando com as flores brancas ou rosadas que surgem na primavera. No outono, as suas bagas vermelhas brilhantes adornam os ramos, proporcionando alimento para aves e outros animais selvagens. O pilriteiro é apreciado não apenas pela sua beleza ornamental, mas também pelas suas propriedades medicinais, sendo utilizado na medicina tradicional para tratar problemas cardíacos e circulatórios. É comum em bordas de florestas, campos e sebes, contribuindo para a diversidade ecológica e a beleza natural do ambiente.
5- Freixo
Nome científico: Fraxinus angustifolia Vahl
Tipo de folhagem: Caduca
Distribuição: É nativo de várias regiões da Europa, norte de África e oeste da Ásia. Ocorre naturalmente em zonas ribeirinhas ou terrenos com bastante água disponível.
Descrição: O freixo (Fraxinus angustifólia) é uma árvore de porte médio a grande. As suas folhas são caracterizadas pela sua forma alongada e estreita, com uma coloração verde intensa que se destaca ao longo de toda a estação de crescimento. No início da primavera, o freixo produz pequenas flores verde-amareladas, que se agrupam em densos cachos, atraindo abelhas e outros polinizadores. Além da sua beleza ornamental, o freixo é apreciado pela sua madeira resistente e flexível, frequentemente utilizada no fabrico de móveis, instrumentos musicais e ferramentas. Encontrado em habitats variados, como margens de rios, bosques e terrenos húmidos, o freixo desempenha um papel importante, oferecendo abrigo e alimento para diversas espécies de fauna e contribuindo para a saúde dos ecossistemas onde está presente.
6- Azevinho
Nome científico: Ilex aquifolium L.
Tipo de folhagem: Perene
Distribuição: É nativo de várias regiões da Europa, incluindo o Reino Unido, França, Espanha e Portugal.
Descrição: O azevinho (Ilex aquifolium) é uma árvore perene que se destaca pelas suas folhas verde-escuras e brilhantes, pontiagudas e espinhosas. No inverno, as suas bagas vermelhas brilhantes adicionam um toque de cor às paisagens invernais, fornecendo uma fonte vital de alimento para aves e outros animais selvagens. As flores brancas e perfumadas do azevinho surgem na primavera, atraindo polinizadores. Tradicionalmente, tem sido associado a celebrações de Natal e é frequentemente usado em arranjos florais e decorações festivas. Além da sua importância ornamental, desempenha um papel crucial na manutenção da biodiversidade.
7- Loureiro
Nome científico: Laurus nobilis L.
Tipo de folhagem: Perene
Distribuição: É nativo das regiões do Mediterrâneo, mas pode ser cultivado em várias partes do mundo.
Descrição: O loureiro (Laurus nobilis) é uma árvore de folhas perenes nativa da região do Mediterrâneo. As suas folhas verde-escuras e brilhantes possuem uma forma alongada e lanceolada. As pequenas flores amareladas florescem na primavera, emitindo um perfume suave e agradável. Além da sua beleza ornamental, o é amplamente valorizado pelas suas folhas, que são usadas como tempero na culinária devido ao seu sabor distinto e aromático. Ricas em óleos essenciais, as folhas de loureiro são também conhecidas pelas suas propriedades medicinais, sendo utilizado na medicina tradicional para diversos fins, incluindo alívio de dores e problemas digestivos. Cultivado em jardins, pomares e em ambientes costeiros, o loureiro é uma planta versátil.
8- Oliveira
Nome científico: Olea europaea L.
Tipo de folhagem: Perene
Distribuição: Nativa da região do Mediterrâneo, abrange países como Grécia, Itália, Espanha, Portugal, Turquia e norte da África.
Descrição: A oliveira (Olea europaea) é uma árvore emblemática das regiões do Mediterrâneo, caracterizada pela sua beleza rústica e longevidade. A suas folhas verde-acinzentadas são estreitas e lanceoladas, oferecendo um contraste marcante em relação ao seu tronco robusto e retorcido. No verão, a oliveira exibe pequenas flores brancas que perfumam o ar com sua fragrância delicada, dando origem a pequenos frutos ovais de tons variados de verde, que amadurecem para o roxo ou preto durante o outono. As azeitonas são altamente valorizadas não apenas pelo seu sabor rico e versatilidade culinária, mas também pelo seu óleo, amplamente utilizado na gastronomia e na indústria cosmética. Além do seu papel económico, a oliveira é reverenciada pela sua importância cultural e simbólica, sendo um símbolo de paz, sabedoria e prosperidade em muitas culturas.
9- Carvalho-alvarinho
Nome científico: Quercus robur L.
Tipo de folhagem: Caduca
Distribuição: É nativo da Europa e está amplamente distribuído em várias regiões do continente. A sua distribuição natural abrange uma vasta área, incluindo partes da Europa Ocidental, Central e do Norte.
Descrição: O carvalho-alvarinho (Quercus robur) é uma árvore majestosa e imponente, que pode atingir alturas impressionantes e uma longevidade considerável. As suas folhas são largas, com lobos profundos e uma cor verde-escura. Durante o verão, a copa densa do carvalho-alvarinho oferece sombra generosa e abrigo para uma grande variedade de vida selvagem. O carvalho é conhecido pelas suas bolotas, que são um alimento valioso para muitas espécies de animais, além de serem a chave para a regeneração da própria floresta. Considerado um símbolo de força, resistência e longevidade, o carvalho é uma presença marcante em muitas paisagens naturais e culturais.
10- Sobreiro
Nome científico: Quercus suber L.
Tipo de folhagem: Perene
Distribuição: É nativo da região do Mediterrâneo, incluindo países como Portugal, Espanha, França, Itália, Marrocos e Tunísia.
Descrição: O sobreiro (Quercus suber) é uma árvore de folha perene nativa das regiões do Mediterrâneo, reconhecida pela sua casca espessa e rugosa, composta pelo precioso material conhecido como cortiça. As suas folhas são verde-escuras, ovais e coriáceas, criando uma bela paisagem durante todo o ano. No verão, as bolotas desenvolvem-se, proporcionando alimento para uma variedade de animais selvagens. O sobreiro desempenha um papel ecológico vital, protegendo contra a erosão do solo e promovendo a biodiversidade nas suas florestas nativas. Além disso, a cortiça colhida de forma sustentável a cada nove anos é utilizada numa ampla gama de produtos, desde rolhas de vinho até isolamento térmico, contribuindo para a economia local e global.