O Laboratório da Paisagem e o Município de Guimarães marcaram presença no IV Congresso Internacional de Educação Ambiental (EA) de Países e Comunidades de Língua Portuguesa e Galiza, que decorreu na última semana na Reserva Mundial da Biosfera, na Região Autónoma do Príncipe, São Tomé.
Guimarães esteve representado com dois delegados, num congresso que contou com 273 representantes de instituições públicas e privadas, assim como técnicos e cientistas dos países da CPLP – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Portugal e Timor Leste, da região espanhola da Galiza, que também integra a Rede Lusófona de Educação Ambiental, criada em 2005 e, do México. Ao longo de quatro dias, sob o tema “a Terra é uma ilha”, os delegados partilharam experiências e tomaram contacto com a multiplicidade de realidades no campo da Investigação e Educação Ambiental dos países, regiões e comunidades falantes da língua portuguesa, conhecendo projetos locais, que permitem o crescimento de uma economia social sustentável.
Neste quarto encontro mundial, Guimarães mostrou algumas das suas boas-práticas, nomeadamente o PEGADAS (Programa de Educação e Sensibilização Ambiental), o Plano Estratégico Guimarães mais Verde, os projetos de educação ambiental com envolvimento da comunidade (Redução e Valorização de Resíduos e Biodiversity GO!), e o Laboratório da Paisagem de Guimarães, enquanto promotor de Educação Ambiental e Investigação Científica, recebendo dos participantes elogios relativamente às apresentações e ao trabalho que tem sido desenvolvido em Guimarães. No ar ficou ainda a certeza de que muitas das iniciativas de Guimarães vão ser replicadas em alguns dos países da CPLP.
Do IV Congresso Internacional de Educação Ambiental (EA) de Países e Comunidades de Língua Portuguesa e Galiza resultou ainda a “Declaração Nuna”, nome dado em homenagem a uma guia principense, que faleceu no início dos trabalhos, que dá o pontapé de saída para a elaboração de uma agenda comum de pesquisa para partilhar metodologias, marcos teóricos, conhecimentos e processos de construção interdisciplinar e transcultural do conhecimento entre os investigadores e investigadoras da Educação Ambiental dos vários países.
À margem do congresso, foi ainda assinado um protocolo para a criação de um serviço de inspetores ambientais no arquipélago. O acordo, que vigorará durante um ano, foi rubricado pelos responsáveis da Inspeção-Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território de Portugal e a Direção-Geral do Ambiente de São Tomé.
A Guiné-Bissau foi o país escolhido para acolher o V Congresso de Países e Comunidades de Língua Portuguesa e Galiza, previsto para abril de 2019.