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Plantação de um milhar de espécies autóctones em floresta urbana de Guimarães

Cerca de um milhar de espécies arbóreas e arbustivas autóctones foram plantadas esta manhã. Estão assim lançadas as bases para a primeira Floresta Urbana de Guimarães, desenvolvida através do método Miyawaki.

 

Esta foi uma das atividades desenvolvidas pelo Laboratório da Paisagem e realizada no âmbito do projeto Limp.AR, financiado pelo Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e da Ação Climática.

A nova Floresta Urbana está situada junto à Ecovia, na rotunda próxima da estação da CP, numa área de cerca de 800 m2 e nasceu com a ajuda da comunidade vimaranense, especialmente da escolar. Várias dezenas de estudantes das secundárias Francisco de Holanda, Martins Sarmento e Santos Simões, da Escola Profissional Cisave e do Colégio do Ave, bem como elementos da Brigada Verde de Fermentões, funcionários do Leroy Merlin e cidadãos anónimos, ajudaram na ação. No total foram plantadas 300 árvores e 700 arbustos, de 12 espécies distintas, entre castanheiros, carvalhos, medronheiros, freixos, entre outros. O espaço contará ainda com um charco e diferentes abrigos para espécies, procurando promover a biodiversidade.

Carlos Ribeiro, diretor executivo do Laboratório da Paisagem e Dalila Sepúlveda, chefe de divisão de espaços verdes da Câmara Municipal de Guimarães, sublinharam a importância da ação e do envolvimento da comunidade.

Sara Terroso, arquiteta paisagista do Laboratório da Paisagem e responsável pelo desenho da Floresta Urbana explicou o conceito Miyawaki, importado do Japão. “Estas florestas, introduzidas em espaço urbano, são densas e multifuncionais, apresentam crescimento rápido, alta taxa de absorção de dióxido de carbono e atraem uma grande diversidade de espécies, sendo verdadeiros santuários de biodiversidade. São espaços frescos, visualmente agradáveis, funcionam como barreiras sonoras e são uma importante fonte na melhoria da qualidade do ar”, sublinhou.

Nuno Silva, investigador do Laboratório da Paisagem responsável pelo projeto Limp.AR, destacou os méritos do projeto que através de várias ações já no terreno, quer dar “resposta à necessidade de promovermos a melhoria da qualidade do ar e do ruído nos centros urbanos, procurando fomentar a integração da vegetação em meio urbano, como forma de aumentar a captação carbónica, em locais com elevada presença de tráfego automóvel. O projeto integra ações de educação, capacitação e sensibilização dos cidadãos, ações participativas de cocriação, intervenções artísticas em espaço urbano e ações de avaliação da qualidade do ar e do ruído em diversos contextos”, completou.

Liderado pelo Laboratório da Paisagem, o projeto Limp.AR conta ainda com a colaboração da Universidade do Minho e do Grupo Multidisciplinar da Qualidade do Ar e Ruído da Estrutura de Missão Guimarães 2030.