O Fundo Ambiental aprovou mais uma candidatura do Município de Guimarães e do Laboratório da Paisagem, no âmbito do aviso “Projetos de erradicação e controlo de espécies invasoras prioritárias”.
O projeto vimaranense chama-se SEM Invasoras, que contempla as componentes de investigação, educação e sensibilização e comunicação, visa contribuir para o aumento do capital natural de Guimarães, promovendo o conhecimento, a conservação, a proteção e a promoção da biodiversidade. Ao mesmo tempo, pretende contribuir para a educação e sensibilização da sociedade sobre a problemática associada à ocorrência das espécies exóticas invasoras, nomeadamente a divulgação da proibição da sua utilização como espécies ornamentais e importância da sua substituição por outras espécies sem impactes sobre o ambiente.
Com o SEM Invasoras serão testados métodos físicos de controlo e erradicação das espécies Pennisetum villosum e Fallopia japonica, utilizando materiais ecológicos e biodegradáveis que, ao se decomporem, aumentam a fertilidade do solo, permitem sementeira e criam um microclima ideal para uma rápida germinação de plantas autóctones. Serão realizadas campanhas dirigidas à população em geral e a técnicos municipais, alertando para a problemática das espécies exóticas invasoras e os seus impactes ecológicos, sociais e económicos nos ecossistemas.
Esta manhã realizou-se uma ação de formação dirigida aos técnicos do Município, da Vitrus Ambiente e da Irmandade da Penha. A ação de formação, que contou com a investigadora Hélia Marchante – do projeto invasoras.pt -, teve como objetivo ajudar na identificação e atuação dos técnicos, tendo o sido foco a espécie-alvo do projeto, a sanguinária-do-Japão (Fallopia japonica). A Fallopia japonica é uma planta classificada pela União Internacional para a Conservação da Natureza como uma das 100 piores espécies invasoras do mundo e está a espalhar-se pelo norte de Portugal, tendo já sido identificada em vários locais de Guimarães.