Durante o período de floração, Guimarães suspende o corte de vegetação para proteger os polinizadores.
“Prado por cortar, abelhas a trabalhar” e “Não cortamos para protegermos os polinizadores”, são duas das mensagens visíveis em várias placas colocadas pelo Município de Guimarães e pelo Laboratório da Paisagem em diversas áreas verdes do Concelho, onde as intervenções horticulturais (corte de vegetação) não ocorrerão durante o período de floração das plantas. Com esta medida, o Município pretende aumentar as áreas de alimentação e refúgio dos polinizadores.
O alerta para este problema não é novo, incluindo em Guimarães, que em 2021 lançou o projeto Poliniza-te, pela mão do Laboratório da Paisagem, onde sensibilizou a população para os desafios que os polinizadores enfrentam, recorrendo a ações de educação ambiental e de investigação.
As mais de 1000 espécies de insetos polinizadores em Portugal, entre abelhas, abelhões, vespas, moscas, borboletas e escaravelhos, são fundamentais para a natureza, agricultura e bem-estar humano, desempenhando um papel essencial na reprodução da maioria das plantas, muitas delas de enorme valor para os seres humanos.
Apesar dos benefícios que os polinizadores nos proporcionam, as ameaças a que estão sujeitos atualmente estão a reduzir significativamente o seu número e a sua distribuição geográfica. Se os insetos polinizadores desaparecerem, a maioria das plantas não conseguirá reproduzir-se e acabará também por se extinguir. Como consequência, os humanos e outros animais, deixarão de ter importantes fontes de alimentos ao seu dispor, como frutos e sementes, e os ecossistemas naturais ficarão muito fragilizados.